“Terroir” – O Vale do Távora

O vale do Távora impressiona pela beleza agreste e selvagem das suas encostas graníticas e pelas diversas espécies de aves que habitam este vale tortuoso e encaixado, destacando-se as aves de rapina e os passeriformes florestais.

“Terroir” – O Rio Távora

O Rio Távora é um afluente do Rio Douro, que desagua na margem esquerda deste, sendo a sua foz no concelho de Tabuaço, a sua nascente nas proximidades de Trancoso e tem um cumprimento aproximado 47 quilómetros.

O Távora é um rio de montanha, sinuoso e resguardado por escarpas de granito a tocar o céu, criando uma paisagem sombria, um vale telúrico. Ora manso, ora revoltoso, chega ao Douro sereno e cansado, e entrega as águas que transportou.

“Terroir” – Vale dos Mil

Paredes da Beira foi conquistada aos Mouros por D. Tedon e D. Rauzendo, cavaleiros cristãos, familiares descendentes do Rei de Leão.

Os cristãos sabiam que era hábito na manha de São João os Mouros irem banhar-se no rio, aproveitaram essa oportunidade para atacar o Castelo principal que estava sem reforços. D. Rauzendo veio com os seus guerreiros e foi fácil a tomada do castelo (…) em seguida corre em auxílio do seu irmão que estava quase a perder a batalha junto ao Rio Távora. Foi tanta a ferocidade e valentia dos dois irmãos e dos restantes cristãos contra os Mouros, matando mais de mil, que até as águas do Rio ficaram vermelhas, ainda hoje esse lugar é conhecido por Vale dos Mil! (in “Pedras que falam – Paredes da Beira”, Ricardo Costa).

No Vale dos Mil, encontramos as vinhas centenárias do Titan of Douro. Com cerca de seis hectares, são divididas por 8 talhões: Monte, Barreiro, Gaiteiro, Vale da Mãe, Outeiro alto, Ribeira, São Paio e Castelo Velho.

Num “terroir” de eleição, integra um fantástico mosaico de grande beleza natural, nas encostas do Rio Távora.

Vinhas plantadas à mais de cem anos, com mistura de várias castas tintas e brancas, em pé-franco, a altitudes de 750 – 850 mts, com orientação Sudeste e solo de granito, quartzo e calhau rolado, originam propriedades que se traduzem numa produção de vinhos icónicos e únicos na Região Demarcada do Douro. A gestão da vinha é uma aposta na viticultura focada no equilíbrio do ecossistema, colocando de lado produtos químicos e qualquer tipo de mecanização, garantindo a sustentabilidade do “terroir” e da biodiversidade envolvente.

“Terroir” – Vale dos Mil

O Estágio em Barro

No início do dia, os trabalhadores apareciam na casa do patrão para receber as tarefas e, ao mesmo tempo, tomar um cálice, que geralmente era um copo de aguardente e um figo. Dali iam para a Serra do Reboredo, para o árduo trabalho da pedra!

Depois mediam o vinho a que cada um tinha direito numa garrafa de barro, pois não havia melhor forma de o manter fresco, e até de melhorar o sabor. Muitos até o deixavam alguns dias, o vinho mingava, mas enriquecia o sabor!

O Estágio em Barro

A fermentação e estágio de vinhos em ânforas de barro remonta, pelo menos, ao império romano e subsiste em alguns pólos vitivinícolas do continente europeu;

A utilização de recipientes de barro cru e com formatos pequenos faz com que se desenvolvam determinadas reações físico-químicas que acabam por arredondar o vinho, tornando-o macio na boca;

Mais oxigenação > maior evolução > precipitação de polifenóis instáveis;

Mais perda de liquido > concentração de sabor > viscosidade;

Mais precipitação de sais instáveis > efeito de estabilização tartárica natural.

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